Ainda sob o êxtase da tomada do Complexo do Alemão nesse fim de semana, não consegui fazer outra comparação se não ao que acontecia em Nova York antes de Rudolph Giuliani.
Giuliani é um político americano, descendente de imigrantes italianos da região da Toscana, ex-chefe do governo municipal da sua cidade natal. Tornou-se famoso por implementar uma política de "tolerância zero" contra criminosos, o que diminuiu sensivelmente as taxas de criminalidade da cidade.
A ligação de Giuliani a Nova Iorque levou a que em 1989 se candidatasse a prefeito da cidade. Perdeu por uma margem mínima contra o democrata David Dinkins, mas insistiu na corrida em 1993, baseando a sua campanha na qualidade de vida, combate ao crime, desenvolvimento do comércio e da educação.
De novo contra Dinkins, desta vez ganhou, o mesmo se passando em 1997, aqui por larga margem.
Com Giuliani como mayor os crimes em Nova Iorque desceram 65%.
Só os assassinatos foram reduzidos em 70%.
A partir daí, o FBI considerou Nova Iorque a mais segura das grandes cidades norte-americanas.
Passou a ser um modelo para outras cidades e viu crescer o número de turistas.
Outra das medidas do republicano Rudy Giuliani foi limpar a cidade, o metrô e os espaços públicos, sendo o melhor exemplo Times Square.
Era ele o prefeito quando se deram os Ataques de 11 de Setembro de 2001 que causaram centenas de vítimas no World Trade Center.
Pré-candidato à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2008, abandonou a corrida ainda nas prévias após fracos resultados.
Rudolph Giuliani foi o prefeito que conduziu a cidade Nova Iorque quando esta passou por uma de suas piores crises: os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Só essa experiência já lhe daria crédito para ser citado como ícone de liderança pela forma serena e eficaz com que conduziu a cidade após a tragédia. Mas ele fez muito mais por Nova Iorque ao:
. Transformá-la de capital do crime à cidade mais segura do país, reduzindo a criminalidade em 65% e o número de assassinatos em 70% por meio do programa Tolerância Zero.
. Gerar cerca de 450 mil empregos quando a cidade tinha uma taxa de desemprego semelhante à atual, em tempos de crise.
. Cortar mais de US$2,3 bilhões em impostos sem que isso gerasse um rombo nas contas da cidade.
As palestras de Rudolph Giuliani são sempre muito concorridas. O ex-prefeito de Nova York relatou, com base na sua experiência de vida, o que é ser um líder e como um líder deve responder em momentos de turbulência.
Para ele, o segredo da liderança está em cinco passos: ler livros, dedicar tempo para escutar especialistas, debater opiniões, escrever e refletir.
Segundo Giuliani, o avanço da tecnologia e a possibilidade de conseguir informação instantânea criam em nós a sensação de urgência, de que temos de tomar decisões sem pensar, quando na realidade 99% delas não são urgentes.
É necessário ter equilíbrio para separar a crise dos problemas corriqueiros. Para esse 1% de urgência, o líder precisa de bagagem prévia para conseguir decidir com opinião própria, sem ter “mentalidade de rebanho”. E isso, aconselha Giuliani, é adquirido por meio da leitura de livros e da busca por informações diferentes das que todos recebem.
O ex-prefeito sugere também que as pessoas dediquem tempo para escutar especialistas: “Muito do que eu aprendi foi com outras pessoas”.
O debate de opiniões é também uma ótima maneira de testar seu conhecimento. Além disso, propõe que as pessoas escrevam suas ideias no papel antes de tomarem decisões. Pode ser um texto longo ou curto, um gráfico ou uma lista de prós e contras, mas escrevendo é possível analisar e se questionar melhor sobre a escolha.
Na palestra, Giuliani lembrou de um ensinamento de sua mãe, que sempre o aconselhou a estudar os problemas com afinco durante a noite, antes de dormir, para tomar a decisão apenas no dia seguinte, pela manhã, sem euforia. Era essa a forma escolhida por ele para resolver as questões relacionadas com o crime e os impostos quando prefeito.
11 de setembro – Durante sua administração na prefeitura de Nova Iorque, Giuliani teve de tomar algumas decisões rápidas quando ocorreram os atentados de 11 de setembro. Naquela ocasião, ele recebeu informações do governo americano de que sete aviões estavam sem comunicação com as torres de comando, ou seja, além dos dois aviões que colidiram com as torres do World Trade Center e do terceiro, que atingiu o Pentágono, em Washington, havia outros quatro que poderiam colidir com prédios da cidade. Diante disso, sua primeira decisão foi cuidar de Nova Iorque como um todo, já que existia a possibilidade de novos ataques em qualquer lugar da cidade.
Outra decisão sábia foi incentivar os nova-iorquinos a retomarem suas atividades do dia a dia o quanto antes. As crianças precisavam estudar e o trabalho não poderia parar, muito menos a economia do país. Em três dias, Giuliani reabriu a bolsa de Nova Iorque, já que cada dia parado representava bilhões em prejuízo.
Para Giuliani, líder é a pessoa que oferece soluções às dificuldades.
Por isso, ele aconselha não ser pessimista ao tomar decisões e sempre sugerir uma solução ao detectar um problema. O ex-prefeito recomenda que o líder saiba falar em público, atuar em equipe e se comunicar. Outra dica é ter coragem e agir como bombeiro, ou seja, saber que o fogo é perigoso, mas a cada dia se preparar melhor para lidar com ele.
Um líder deve ter coragem. Coragem não significa a ausência de medo, mas a capacidade de lidar com o medo e de assumir riscos, inspirando as pessoas a seguirem o seu exemplo.
Giuliani conta que sempre é abordado com a seguinte questão: “devemos ter medo de outro ataque terrorista?”. Sua resposta é sempre a mesma: “Sim, nós devemos. A grande questão é o que fazer com esse medo”.
Conforme o ex-prefeito de Nova York, o medo tem um aspecto positivo: quando bem gerenciado, estimula as pessoas a se preparem.
Outro de seus princípios: a importância do trabalho em equipe.
Os líderes precisam ser lembrados que ninguém consegue nada sozinho. Ele deve encontrar pessoas que compensem seus pontos fracos, deve equilibrar forças e fraquezas.
Nenhuma pessoa é capaz de reunir todas as habilidades que uma organização precisa. Uma de suas qualidades, segundo o próprio, é ter um rápido poder de decisão. “Tomo decisões de forma muito rápida. Isso é bom em situações de emergência, mas não tão bom em situações normais. Procuro me cercar de pessoas que me desaceleram. Eles dizem: ‘pense mais um pouco, você tem mais tempo, não precisa decidir agora’”.
Por fim, um último princípio complementar: é preciso amar as pessoas.
Um verdadeiro líder ama as pessoas que estão sob sua responsabilidade.
É normal líderes de grandes organizações e de grandes cidades passarem a enxergar apenas números e estatísticas. Não devemos cair nesse erro. Apenas o amor sincero pelas pessoas conquistará o seu apoio e confiança.
O líder precisa estar presente quando as pessoas precisam. Como diz Giuliani: ir a casamentos é opcional, mas ir a funerais é obrigatório, pois é lá que as pessoas mais precisam de nossa presença.
Rio importa "tolerância zero" de Nova York para Jogos de 2016!!!
Rudolph Giuliani, ex-prefeito da cidade norte-americana, foi contratado como assessor de segurança pública para os Jogos Olímpicos.
OBS> Indico o filme que fala sobre a vida de Rudy e do modo como ele conseguiu "limpar" Nova York!
RIO DE JANEIRO - O Estado do Rio de Janeiro vai contratar o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani como assessor de segurança pública para os Jogos Olímpicos de 2016 com o objetivo de aplicar sua política de "tolerância zero" contra a criminalidade, anunciou hoje o governador fluminense, Sérgio Cabral.
"Vou contratá-lo para reforçar nosso trabalho de segurança pública. (Giuliani) vai nos ajudar no dia a dia da segurança e, especialmente, visando os Jogos Mundiais Militares (2011) e os Jogos Olímpicos", disse Cabral após almoçar com o ex-prefeito de Nova York (1994-2002).
Giuliani visitou diversas autoridades no Rio de Janeiro, onde defendeu a política de "tolerância zero" que implementou para combater a criminalidade em Nova York a partir de meados dos anos 90. Em seu encontro com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, Giuliani falou sobre a possibilidade de aplicar a "tolerância zero" na capital fluminense.
O ex-prefeito de Nova York lembrou que enfrentou em sua cidade "uma situação similar e foram necessários seis, sete anos, para que aparecessem os resultados".
"É a lógica da 'janela quebrada'. É preciso consertar a primeira antes que quebrem a segunda. Assim se reduz a propagação de outros crimes e se mostra que a desordem não é um exemplo a seguir", disse Giuliani.
O ex-prefeito de Nova York elogiou o trabalho das forças de segurança no Rio de Janeiro ao dizer que "estão fazendo um trabalho fabuloso, devolvendo às comunidades as áreas que estavam nas mãos de criminosos", em discurso a agentes da Guarda Municipal carioca.
Assim como acontece em NY, espero que os cidadãos possam circular livremente.
Que os turistas tenham tranquilidade de sacar suas câmeras para fotos em qualquer ponto turístico.
Que os moradores possam voltar em paz para suas casas e que os transportes coletivos possam circular durante a noite toda!
Nossa cidade merece PAZ.
"Atitudes diferentes geram resultados diferentes".
Bjo sempre, Vivi.
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