Adoro pesquisar! E como saber não ocupa espaço...
Hoje trago para os curiosos como eu, a história do JEANS...
Esse fenômeno mundial sem precedentes na moda, independente da cultura!
Por volta do ano de 1850, auge da corrida do ouro e conquista do oeste americano, vários mercadores aproveitavam o trabalho nas minas e de exploração, como ferramentas, mantimentos, roupas e lonas. Entretanto, o mercado para este tipo de produto estava extremamente saturado, pela oferta de lonas por praticamente todos os mercadores.
Com um grande estoque de lonas e sem conseguir mercado para as mesmas, Strauss passou a procurar outra aplicação para o produto.
Ele observou que devido a grande exigência física no trabalho das minas, os mineradores tinham que substituir freqüentemente as roupas utilizadas, o que levava-os a um grande gasto.
A fim de realizar uma experiência, Levi Strauss confeccionou duas ou três peças reforçadas com a lona que possuía, disponibilizou-as aos mineradores e o sucesso foi imediato.
Devido a alta resistência das peças, as mesmas não se estragavam com facilidade e proporcionavam uma durabilidade muito maior.
A primeira calça produzida foi marrom (a cor da lona que ele não conseguia vender nunca). No entanto, esse material era muito rígido e desconfortável, o que fez Strauss buscar um tecido de igual resistência, porém, mais flexível.
O tecido de algodão sarjado, uma espécie de brim, vinha da região de Nîmes, na França e era utilizado pelos marinheiros genoveses. Do seu local de origem, veio o nome denim, “de Nîmes”.
A cor azul do tecido veio só depois, quando Levi Strauss decidiu tingir as peças com o corante de uma planta chamada Indigus, dando a cor pela qual o jeans é hoje conhecido.
Em parceria com seus irmãos e cunhados fundou a Levi Strauss & Co.
Estava criado o jeanswear, o estilo reforçado de confecção, o qual foi originalmente destinado a roupas de trabalho.
A partir de então, cada vez mais os trabalhadores utilizavam o jeans para exercer suas tarefas mais árduas e de exigência física. Entretanto, o jeans só passou a ser utilizado no dia-a-dia, já no século XX.
O primeiro lote de calças tinha como código o número 501, que nomeou o clássico e mais famoso modelo da Levi’s. Aos poucos, as calças jeans foram sendo aprimoradas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos usavam uniformes confeccionados com o tecido, dando ao denim uma imagem de virilidade. Após a vitória dos Aliados, o jeans se espalhou pelo continente Europeu.
O denim atravessou o século XX, se transformando no artigo de moda mais democrático e popular existente.
Na década de 40, os cowboys do asfalto montavam suas motos Harley-Davidson trajando o jeans.
Mas foi na década de 50 que o jeans se transformou em símbolo de rebeldia, quando, no filme Juventude Transviada, o ator James Dean, no papel do jovem e rebelde Jim Stark, apareceu usando a combinação clássica: calça jeans e camiseta branca.
Além de Dean, Marlon Brando e Elvis Presley contribuíram para que o artigo se disseminasse entre os jovens da época, que teve sua imagem intrinsecamente ao rock.
A imagem rebelde do jeans se tornou tão forte, que o traje passou a ser proibido nas escolas e em lugares como cinemas e restaurantes.
Logo depois, novas modelos, como Marylin Monroe, usavam o jeans com um apelo sensual.
Depois de James Dean e Marlon Brando, vieram os Beatles, Bob Dylan e Jimi Hendrix, e o jeans continuou se colocando como peça principal do visual jovem.
Na década de 70, com a guerra do Vietnã, surgia um novo grupo, cujos ideais eram baseados na busca pela paz. Os hippies americanos adotaram o jeans como peça essencial do visual largado, e mais uma vez ele se tornou parte de uma cultura jovem.
Foram os hippies que introduziram a idéia de customização das peças, feita por meios artesanais, que logo entrou em processos industriais.
Ele havia entrado de vez para o vestuário, como uma peça funcional e barata, sempre ligado a um símbolo de juventude.
A primeira vez que o jeans subiu nas passarelas foi ainda nos anos 70, durante uma apresentação de Calvin Klein.
O estilista foi bastante criticado pelos mais conservadores, que não imaginavam o que se tornaria aquele artigo.
A campanha publicitária da grife colocava a jovem Brooke Shields trajando uma calça jeans, e então, a seguinte frase: “Você sabe o que há entre mim e a minha Calvin? Nada”.
Desde então, a Clavin Klein estabelece campanhas ousadas e polêmicas.
Aos poucos, muitos estilistas importantes adotaram o jeans, por perceberem que se tratava de uma peça simples e de expressão.
Na década de 80, as pessoas começaram a desejar mais criatividade na hora de se vestir, e o jeans havia se consolidado como uma peça de estilo autêntico, se fortalecendo como moda casual.
O jeans atravessou o século XX sofrendo incessantes transformações, resistindo às tendências e modismos, propagando estilos e comportamentos e se tornando o maior fenômeno já visto na história da moda, um acontecimento sem precedentes.
O jeans transcende a moda, e talvez já não possa ser denominado como tal; está acima dela, pois, embora sofra alterações ao longo do tempo, ele permanece, vestindo homens, mulheres e crianças, há mais de 150 anos.
Antes dos anos 80 o jeans ainda era muito desconfortável, pois chegavam ao consumidos sem nenhuma lavagem e engomado. Esse desconforto só desaparecia após algumas lavagens domésticas.
Foi justamente nessa época que as lavanderias industriais surgiram, e essas passaram a ser responsável por desengomarem e amaciam o Jeans proporcionando um toque diferenciado. Com a criação do “stone wash”, nome conferido ao uso de pedras no processo, as calças passaram a ter um efeito envelhecido, permitindo assim criar vários tons de azul.
Jeans claros e escuros, pela primeira vez, andavam lado a lado nas ruas.
Passou-se a época que o jeans era apenas encontrado em variações de azul.
A tecnologia no tratamento do jeans não para de evoluir e atualmente o tecido não é mais trabalhado na lavanderia apenas na estonagem. Pode-se também dar a ele vários aspectos como efeito marmorizado, desbote em negativo, dirty (manchados), destroyed (destruídos), delavê (esbranquiçado), used (usado), e até imitar madeira e pele de animal.
O Jeans nunca esteve tão na moda e tão versátil como agora.
E se nossos objetos pudessem falar, com certeza o nosso querido jeans seria o que mais teria histórias para contar. Afinal durante os 158 anos de sua existência ele passou por várias transformações de formas e significados. Já foi roupa de minerador, operário, soldado, rebelde, e hoje é usada por todos sem distinção de classe social ou idade.
Agora jeans é também sinônimo de Brasil!
Lá fora nosso jeans está sendo chamado de “milagroso” pelas revistas de moda. E esse milagre, segundo admiradores internacionais, é que alem de um bem cortado ele arrebita o bumbum.
Comparado ao Wonderbra, sutiã inglês que ficou conhecido por combater a lei da gravidade, seria agora o jeans brasileiro o Wondebra do bumbum.
A explosão do nosso jeans se deve as famosas que procuram a sensualidade, a valorização do corpo e o ajuste perfeito das calças aqui produzidas. Artista como Alanis Morissette, Christina Aguilera, Meg Ryan, Jennifer Lopez e Britney Spears foram as primeiras a circular com marcas brasileiras como a Gang, Forum, Zoomp, Ellus e M Officer no exterior.
O jeans brasileiro ficou reconhecido pela invenção da cintura baixa (perfeita para o corpo das brasileiras) e pelo índigo com tactel, que deixa a calça 30% mais leve.
O corte que arrebita a bunda tem uma explicação técnica: por ser mais alto atrás e nas laterais, muito mais baixo na frente, ajusta-se melhor nos quadris, caimento produzido só por nós.
Mas, não é somente nossas peças prontas que fazem sucesso lá fora. O Brasil já é o maior produtor de tecido jeans do mundo e produz em média 25 milhões de metros por mês. Não é a toa que grandes empresas nacionais estão investindo forte em inovação, produção e exportação.
Junte a isso a criatividade dos estilistas brasileiros e a já consagrada sensualidade brasileira e temos o Brasil como referencia internacional em jeanswear.
Todo esse investimento deu as empresas brasileiras o status de fornecedora das grifes mais famosas do mundo como a Zara, Calvin Klein, Miss Sixty, Replay, quase todas usam o denim produzido aqui.
Se o nosso denim já tinha orgulho de ser brasileiro, agora a terra dos Tupiniquins também pode afirmar que é o pais do samba, do futebol e do Jeans!
Brasilero realmente é um povo bom!
Claro que não todos, mas quem é bom, é ótimo!!
Bjo sempre, Vivi
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