terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quem foi Che Guevara...

Oi!!

Cumprindo a proposta de ecletismo do blog, hoje resolvi pesquisar mais um pouco sobre um herói (ou quase isso para alguns). Ele é amado e odiado no mundo inteiro, mas todos tem uma opinião a seu respeito.
Ele é o comunista que fez maior sucesso comercial e um dos assassinos mais brutais na história recente: Che Guevara.



“Che Guevara” nasceu com o nome Ernesto Lynch. Seu apelido veio do fato de que sua família era parte irlandesa. Sua mãe foi a principal responsável por sua formação porque, mesmo sendo católica, mantinha em casa um ambiente de esquerda e sempre estava cercada por mulheres politizadas.

Quando criança, Che Guevara era chamado de “Chancho” (porco) pela sua falta de higiene. Ele orgulhosamente usava a mesma camiseta durante uma semana inteira. Durante a sua vida, as pessoas comentavam de seu mau cheiro.

Desde pequeno, sofria ataques de asma e por essa razão, aos 12 anos, se mudou com a família para as serras de Córdoba, onde morou perto de uma favela. A discriminação para com os mais pobres era comum à classe média argentina, porém Che não se importava e fez várias amizades com os favelados.

Estudou grande parte do ensino fundamental em casa com sua mãe. Na biblioteca de sua casa - que reunia cerca de 3000 livros - havia obras de Marx, Engels e Lenin, com os quais se familiarizou em sua adolescência. Nessa época, Che Guevara era um geek. Passava seu tempo jogando xadrez, participava de torneios e lia poesia. Suas matérias preferidas na escola eram matemática e engenharia.

Apesar de ser lembrado por suas ações em Cuba, ele é, na realidade argentino e nunca tornou-se um cidadão cubano.

Em 1952, realizou uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km em uma moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'. Observavam e se interessam por tudo, analisavam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem marcaram a ruptura de Guevara com os laços nacionalistas e dela se originou um diário. Aliás, escrever diários torna-se um hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.
Veio daí o roteiro e filme: O diário de um motociclista.
Vale a pena assistir e tirar sua própria conclusão sobre Che!


No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar um especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor. Mais tarde voltou à Argentina onde completou seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspeção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado
Em junho de 1953, Che se formou em medicina. Ele se interessava, particularmente, pela lepra.

Guevara se tornou um guerrilheiro e lutava contra as forças e poderio ameriocano, e toda e qualquer poder autoritário. Ele queria levar o comunismo a toda a América Latina e acreditava apaixonadamente na necessidade do apoio cubano aos movimentos guerrilheiros da região e também da África.
Da revolução em Cuba até sua morte, amargou três mal-sucedidas expedições guerrilheiras. A primeira na Argentina, em 1964, quando seu grupo foi descoberto e a maioria morta ou capturada.
A segunda, um ano depois de fugir da Argentina, no antigo Congo Belga, mais tarde Zaire e atualmente República Democrática do Congo. E por fim na Bolívia, onde acabaria executado.

Os boatos que cercaram a execução de Che Guevara levantaram dúvidas sobre a identidade do guerrilheiro. A confusão culminou no desaparecimento dos seus restos mortais, encontrados apenas em 1997, quando o mundo recordava os trinta anos de sua morte, sob o terreno do aeroporto de Vallegrande. O corpo estava sem as mãos, amputadas para reconhecimento poucos dias depois da morte, e contrabandeadas para Cuba.

Em 17 de outubro de 1997, Che foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrubada de Batista), com a presença da família e de Fidel.
Embora seus ideais sejam românticos aos olhos de um mundo globalizado, ele se transformou num ícone na história das revoluções do século XX e num exemplo de coerência política. Sua morte determinou o nascimento de um mito, até hoje símbolo de resistência para os países latino-americanos.

Em 1964, Guevara fez um discurso para as Nações Unidas em Nova Iorque, nos EUA. No discurso, ele condenou a segregação racial do país.

Che Guevara foi pai de cinco filhos. Com sua primeira esposa, Hilda Gadea, ele teve uma filha nascida no México em 15 de fevereiro de 1956. Os outros quatro filhos eram de sua segunda esposa, Aleida March.

O conhecido ícone gráfico de alto contraste estampado com o rosto de Che Guevara é uma das imagens mais objetivadas e mercantilizadas. Ela é encontrada em camisetas, bonés, pôsteres, tatuagens, contribuindo, ironicamente, com o consumo que ele tanto desprezava. A foto original foi tirada pelo fotógrafo Alberto Korda.


Para os cubanos, Che Guevara é um amado herói nacional. As crianças todas as manhãs começam o dia na escola falando “Seremos como Che”.
Na Argentina, há escolas com o seu nome, inúmeros museus tentam preservar sua memória e, em 2008, foi inaugurada uma estátua de bronze em sua homenagem em Rosario, sua cidade natal. Para alguns fazendeiros na Bolívia, Ernesto foi santificado, eles o chamam de Santo Ernesto e rezam para ele.


Che Guevara se tornou um herói apenas por ter sido um mártir. Fora isso, a visão histórica de Guevara é repleta de assassinatos e execuções sumárias. Mesmo depois da revolução cubana, o país é uma ditadura.

Apesar das idéias que incluiam a igualdade entre os povos e cidadãos, a forma que Che Guevara encontrou para protestar e lutar efetivamente foi através da luta armada. Por essa razão eu questiono o seu heroismo.
Por não acreditar que essa seja a melhor maneira de nos pronunciarmos contra aquilo que achamos errado ou injusto.
Com toda a inteligência, persuasão e liderança que tinha Che Guevara, certamente poderia ter pensado em ações mais razoáveis para pôr o mundo a par de seu idealismo.
Não posso deixar de reconhecer sua coragem e mais ainda seu desprendimento, pois afinal ele começou a guerrilhar por uma nação que nem ao menos era a sua!
Mas estou certa que esse caminho nunca é o melhor caminho.
E nossos jovens de hoje...o que será que pensam a respeito dessa figura?

Bjo sempre, Vivi.

2 comentários:

  1. Nossos jovens: sem ideais... só seguindo a grana... Ele foi o ultimo idealista. Merece respeito. O que ele diz se cumpriu: ´os EEUU väo tomar conta das riquezas, e o povo latinoamericano morrer de fome´...

    ResponderExcluir
  2. ideal romântico, admiro o Che, mas iria ser hipocrisia se eu dissesse que não faço parte da ideologia capitalista.

    ResponderExcluir