Oi!!
Como começam os movimentos que mudam os rumos de uma sociedade?
Como surgem essas idéias tão inovadoras que às vezes tomam conta de alguns, que contagiam outros, que incitam mais alguns e amedrontam outros e que fazem tudo ir tomando uma proporção tão grande capaz de de provocar verdadeiras mudanças?
Falemos um pouco sobre a inventora do feminismo: Simone de Beauvoir.
Não que eu seja feminista...até porque não conheço o assunto tão a fundo a ponto de me considerar ou não, mas acredito que existem muitos aspectos em que essa mulher representou a totalidade das mulheres do munfo!!
A vida de Simone...
Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre viveram um relacionamento pouco convencional que durou 50 anos. Eles se conheceram em 1929, ele faleceu em 1980 e ela em 1986.
São considerados um dos casais mais célebres da História.
Segundo Simone de Beauvoir "a não ser quando estava dormindo, ele pensava o tempo todo". Em seu cinismo e falta de modéstia chegava a afirmar de si: "Eu era mil Sócrates".
Seu intelecto o tornava atraente para mocinhas iludidas, o lhe permitia superar a feiúra notória e prosseguir como um bonvivent, insaciável em sua fome de conquistas sexuais e em sua sede de cerveja, só superadas por sua gana por livros e conhecimento.
É impossível falar de um e não mencionar o outro.
A paixão pela filosofia e pela literatura os uniu. Eles desafiaram a moral do seu tempo, vivendo muitos amores, assumindo compromissos públicos na contramão da mentalidade dominante em sua época.
Foram reverenciados, mas também criticados e odiados. E escreveram livros que se transformaram em verdadeiras obras-primas.
Mas, apesar de brilhantes, Sartre e Beauvoir eram “estranhamente inseguros” e sempre se sentiam agradecidos às pessoas que os amavam.
A despeito da feiúra notória, Sartre era um grande sedutor. E não foram poucas as mulheres que ele amou e abandonou, embora algumas ele continuasse sustentando financeiramente, numa atitude tipicamente machista. Um machismo, porém, que ele jamais manifestou com Simone de Beauvoir.
A notável cumplicidade do casal permitia que dividissem não somente interesses e preocupações, mas também amantes. E essa liberdade era exercida mediante um pacto incomum: eles contavam tudo um para o outro.
Bonita, ícone do feminismo, Beauvoir era igualmente uma sedutora e teve muitos amantes homens, mas também se envolveu com mulheres, fato que ela sempre negou e que só se tornou público após a sua morte, com a divulgação de suas cartas.
Quando ela morreu, em 1986, a filósofa Elisabeth Badinter declarou: “Mulheres, vocês lhe devem tudo!”. “Essa mulher que não quis ter filhos tem, hoje, milhões de filhas pelo mundo”, observou com humor a escritora Benoîte Groult.
Durante toda a vida, tal como Sartre, Beauvoir serviu-se de sua notoriedade para defender os intelectuais e os “oprimidos”, especialmente as mulheres.
Nos últimos quinze anos de sua vida, encontrou nas mulheres do “movimento” um radicalismo e uma exigência de clareza à sua medida e ela se engajava nesse movimento entusiasmada, “porque elas não eram feministas para tomar o lugar dos homens, mas sim para mudar o mundo”, declarou ao jornal Le Monde em 1978.
“Mantenho absolutamente a frase: você não nasce mulher, torna-se.
Tudo o que eu li, vi, e aprendi nestes últimos 30 anos confirmaram essa idéia. A feminilidade é fabricada, como aliás também se fabricam a masculinidade e a virilidade”.
Simone de Beauvoir é venerada pelas feministas, que a lêem e estudam, principalmente fora da França. No geral, em todas as discussões sobre as mulheres, ao cabo de dez minutos, citam Simone de Beauvoir.
Só nos anos 60, as mulheres viram a real importância dessa mulher, que criou as bases do feminismo e é tida como uma das 100 pessoas mais importantes do século 20.
Ela explicou quase tudo... a forma como as tradições políticas e sociais, para justificar o patriarcado e a opressão masculina, criaram a tese da inferiorização da mulher; os programas para a liberação feminina; o questionamento da instituição do casamento. Com seu livro em punho, as mulheres mudaram o mundo.
Além disso, a própria vida de Simone, que representava a quintessência da liberdade, inspirou milhões de jovens.
Como disse a psicanalista Julia Kristeva, sem BEAUVOIR não existiria nem aborto, nem paridade, nem mulheres ministras e presidentes".
Se é assim, agradeço.
Obrigada Simone de Beauvoir!!!
...por mim e por todas as mulheres!!
Bjo sempre, Vivi.
Como começam os movimentos que mudam os rumos de uma sociedade?
Como surgem essas idéias tão inovadoras que às vezes tomam conta de alguns, que contagiam outros, que incitam mais alguns e amedrontam outros e que fazem tudo ir tomando uma proporção tão grande capaz de de provocar verdadeiras mudanças?
Falemos um pouco sobre a inventora do feminismo: Simone de Beauvoir.
Não que eu seja feminista...até porque não conheço o assunto tão a fundo a ponto de me considerar ou não, mas acredito que existem muitos aspectos em que essa mulher representou a totalidade das mulheres do munfo!!
A vida de Simone...
Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre viveram um relacionamento pouco convencional que durou 50 anos. Eles se conheceram em 1929, ele faleceu em 1980 e ela em 1986.
São considerados um dos casais mais célebres da História.
Segundo Simone de Beauvoir "a não ser quando estava dormindo, ele pensava o tempo todo". Em seu cinismo e falta de modéstia chegava a afirmar de si: "Eu era mil Sócrates".
Seu intelecto o tornava atraente para mocinhas iludidas, o lhe permitia superar a feiúra notória e prosseguir como um bonvivent, insaciável em sua fome de conquistas sexuais e em sua sede de cerveja, só superadas por sua gana por livros e conhecimento.
É impossível falar de um e não mencionar o outro.
A paixão pela filosofia e pela literatura os uniu. Eles desafiaram a moral do seu tempo, vivendo muitos amores, assumindo compromissos públicos na contramão da mentalidade dominante em sua época.
Foram reverenciados, mas também criticados e odiados. E escreveram livros que se transformaram em verdadeiras obras-primas.
Mas, apesar de brilhantes, Sartre e Beauvoir eram “estranhamente inseguros” e sempre se sentiam agradecidos às pessoas que os amavam.
A despeito da feiúra notória, Sartre era um grande sedutor. E não foram poucas as mulheres que ele amou e abandonou, embora algumas ele continuasse sustentando financeiramente, numa atitude tipicamente machista. Um machismo, porém, que ele jamais manifestou com Simone de Beauvoir.
A notável cumplicidade do casal permitia que dividissem não somente interesses e preocupações, mas também amantes. E essa liberdade era exercida mediante um pacto incomum: eles contavam tudo um para o outro.
Bonita, ícone do feminismo, Beauvoir era igualmente uma sedutora e teve muitos amantes homens, mas também se envolveu com mulheres, fato que ela sempre negou e que só se tornou público após a sua morte, com a divulgação de suas cartas.
Quando ela morreu, em 1986, a filósofa Elisabeth Badinter declarou: “Mulheres, vocês lhe devem tudo!”. “Essa mulher que não quis ter filhos tem, hoje, milhões de filhas pelo mundo”, observou com humor a escritora Benoîte Groult.
Durante toda a vida, tal como Sartre, Beauvoir serviu-se de sua notoriedade para defender os intelectuais e os “oprimidos”, especialmente as mulheres.
Nos últimos quinze anos de sua vida, encontrou nas mulheres do “movimento” um radicalismo e uma exigência de clareza à sua medida e ela se engajava nesse movimento entusiasmada, “porque elas não eram feministas para tomar o lugar dos homens, mas sim para mudar o mundo”, declarou ao jornal Le Monde em 1978.
“Mantenho absolutamente a frase: você não nasce mulher, torna-se.
Tudo o que eu li, vi, e aprendi nestes últimos 30 anos confirmaram essa idéia. A feminilidade é fabricada, como aliás também se fabricam a masculinidade e a virilidade”.
Simone de Beauvoir é venerada pelas feministas, que a lêem e estudam, principalmente fora da França. No geral, em todas as discussões sobre as mulheres, ao cabo de dez minutos, citam Simone de Beauvoir.
Só nos anos 60, as mulheres viram a real importância dessa mulher, que criou as bases do feminismo e é tida como uma das 100 pessoas mais importantes do século 20.
Ela explicou quase tudo... a forma como as tradições políticas e sociais, para justificar o patriarcado e a opressão masculina, criaram a tese da inferiorização da mulher; os programas para a liberação feminina; o questionamento da instituição do casamento. Com seu livro em punho, as mulheres mudaram o mundo.
Além disso, a própria vida de Simone, que representava a quintessência da liberdade, inspirou milhões de jovens.
Como disse a psicanalista Julia Kristeva, sem BEAUVOIR não existiria nem aborto, nem paridade, nem mulheres ministras e presidentes".
Se é assim, agradeço.
Obrigada Simone de Beauvoir!!!
...por mim e por todas as mulheres!!
Bjo sempre, Vivi.
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