Oi!
Hoje uma amiga recebeu um telefonema em que diziam que seu pai havia passado mal enquanto jogava bola e tinha ido para o hospital.
Ficamos preocupados e apreensivos, mas na torcida de que não fosse nada de mais.
Mas foi.
Isso me trouxe mais uma vez a reflexão sobre o fim.
Sei que preciso lidar melhor com essa questão, até mesmo porque eu sou Kardecista e SEI que essa vida é apenas uma passagem para aprimorarmos nosso espírito e aprendermos algumas lições necessárias para o crescimento...mas ainda não consigo!
Não consigo admitir o fato da pessoa estar bem, sair para jogar futebol com o filho e os amigos e simplesmente não voltar!
Porra, a família nem se despediu!
Ninguém lhe disse o quanto foi bom tê-lo por ali...ninguém lhe deu um último abraço...ninguém disse para ele ir com Deus e que tinha valido a pena!
Nem sei o seu nome...mas passei o resto do dia com lágrimas nos olhos.
Lágrimas pela minha amiga, por todos que já sentiram essa dor, e por mim que ainda não aprendi que a vida é assim.
Lembrei do texto de Pedro Bial sobre a morte do Bussunda e transcrevo aqui algumas partes que parecem ter sido tiradas de mim...
"A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu? O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
E de uma hora pra outro, tudo isso termina...
...Obrigam você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
...Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...Perdoe...Sempre!!"
A Ela eu desejo FORÇA para passar por essa tempestade emocional.
A mim, espero ter serenidade sempre...
bjo sempre, Vivi.
Hoje uma amiga recebeu um telefonema em que diziam que seu pai havia passado mal enquanto jogava bola e tinha ido para o hospital.
Ficamos preocupados e apreensivos, mas na torcida de que não fosse nada de mais.
Mas foi.
Isso me trouxe mais uma vez a reflexão sobre o fim.
Sei que preciso lidar melhor com essa questão, até mesmo porque eu sou Kardecista e SEI que essa vida é apenas uma passagem para aprimorarmos nosso espírito e aprendermos algumas lições necessárias para o crescimento...mas ainda não consigo!
Não consigo admitir o fato da pessoa estar bem, sair para jogar futebol com o filho e os amigos e simplesmente não voltar!
Porra, a família nem se despediu!
Ninguém lhe disse o quanto foi bom tê-lo por ali...ninguém lhe deu um último abraço...ninguém disse para ele ir com Deus e que tinha valido a pena!
Nem sei o seu nome...mas passei o resto do dia com lágrimas nos olhos.
Lágrimas pela minha amiga, por todos que já sentiram essa dor, e por mim que ainda não aprendi que a vida é assim.
Lembrei do texto de Pedro Bial sobre a morte do Bussunda e transcrevo aqui algumas partes que parecem ter sido tiradas de mim...
"A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu? O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
E de uma hora pra outro, tudo isso termina...
...Obrigam você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
...Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...Perdoe...Sempre!!"
A Ela eu desejo FORÇA para passar por essa tempestade emocional.
A mim, espero ter serenidade sempre...
bjo sempre, Vivi.
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