Oi!
Como é a vida do Dalai Lama? Aliás, o que é o Dalai Lama?
Segundo a tradição do Tibet, os dalai lama são reconhecidos como a reencarnação do príncipe Chenrezig, o Avalokitesvara, o portador do lótus branco, que representa a compaixão.
Sua Santidade, o Dalai Lama, é o líder temporal e espiritual do povo do Tibet.
O Dalai Lama é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.
Na história do Tibete, religião e política se tornaram uma coisa só, resultaram em um estado teocrático, ou seja, em um país governado por um líder religioso, representante da divindade no plano terreno. Na verdade, porém, este governante é um monge e um lama – que significa guru, mestre, aquele que orienta seus aprendizes. Este orientador espiritual é aceito por todas as escolas budistas, principalmente pela escola Gelug.
A palavra Dalai significa ‘oceano’ em mongol, e muitas vezes referem-se a este líder como ‘Oceano de Sabedoria’, especialmente a partir do terceiro Dalai Lama, Altan Khan, que foi designado dessa forma pelo governo da Mongólia, título transmitido agora para todos os seus sucessores.
Estes mestres são considerados a manifestação física de Avalokiteshvara, o ‘Bodhisattva da Compaixão’ – entidade de alta sabedoria que tem como objetivo tornar as pessoas melhores, auxiliar em seu aprimoramento.
Na língua tibetana este ser é conhecido como Chenrezig. Já a expressão tibetana para Dalai Lama é Gyawa Rinpoche, ‘grande protetor’, ou Yeshe Norbu, a ‘grande jóia’, a única autoridade religiosa que pode, além do papa, ser nomeado como Sua Santidade. . Quando cada um destes mestres morre, os monges realizam uma pesquisa exaustiva para descobrir a identidade com a qual ele renasceu.
Quando o 13º Dalai falaeceu, um grupo foi conduzido por um número de sinais até a casa da família de Lhamo Thondup, o atual Dalai Lama.
Um destes sinais relacionou-se ao fato do corpo embalsamado de seu precedente, quando após sua morte foi descoberto que sua cabeça girou da direção sul para o nordeste.
Logo em seguida o Regente, um Lama idoso, teve uma visão que levou a todos às proximidades da casa da familia.... Parece até meio louco, mas a crença é maior que tudo e se explica sozinha!
Olhando nas águas do lago sagrado Lhamo Lhatso, no sul do Tibet, viu claramente as letras tibetanas Ah, Ka e Ma flutuando. Estas foram seguidas pela imagem de um monastério de três andares com um telhado turquesa e dourado e um caminho que levava a um monte. Finalmente, ele viu uma casa pequena com uma sarjeta de forma estranha. Ele tinha certeza de que a letra Ah se referia a Amdo, a província do nordeste, então foi para lá que o grupo de busca foi enviado.
Ao alcançarem Kumbum, os membros do grupo de busca sentiram que estavam na trilha certa. Parecia provável que se a letra Ah se referia a Amdo, então o Ka deveria indicar o monastério em Kumbum, que certamente tinha três andares e um telhado turquesa. Agora eles só deveriam encontrar um monte e uma casa com uma sarjeta peculiar.
Assim começaram a procurar nas vilas vizinhas. Quando avistaram os galhos retorcidos de madeira do junípero no telhado da casa dos pais de Sua Santidade, estavam certos de que o novo Dalai Lama não estaria tão distante.
Ao invés de revelar a finalidade de sua visita, o grupo somente pediu para permanecer durante a noite. O líder do grupo, Kewtsang Rinpoche, então fingiu ser um empregado e passou a maior parte da noite observando e brincando com a criança mais nova da casa.
A criança o reconheceu e chamou "Lama do Sera, Lama do Sera." Sera era o monastério de Kewtsang Rinpoche. No dia seguinte eles foram embora para retornar somente alguns dias mais tarde como uma comitiva formal.
Desta vez levaram um número de coisas que pertenceram ao décimo terceiro Dalai Lama, junto com diversos artigos parecidos que não pertenciam a ele. Em todos os casos a criança identificou corretamente os pertences do décimo terceiro Dalai Lama dizendo, "É meu. É meu." Isto mais ou menos convenceu o grupo de busca que tinham encontrado a nova encarnação. Não demorou muito para que o menino de Taktser fosse reconhecido como o novo Dalai Lama.
Lhamo Thondup, o 14º Dalai Lama, nasceu numa família de camponeses. Aos dois anos foi reconhecido como sendo a reencarnação do 13º Dalai Lama, que o precedeu, segundo a tradição tibetana.
Iniciou seus estudos aos seis anos. Mudou-se para Lhasa, a capital do Tibet, passando a residir no Palácio de Potala, onde iniciou um longo preparo para sua missão. Em Lhasa realizou seus estudos preparatórios de história e filosofia e tornou-se líder espiritual do Tibet.
Com a invasão do Tibet pela China, em 1950, o Dalai Lama tornou-se chefe de Estado, passando a liderar as negociações pela soberania do Tibet.
Aos 24 fez seus exames preliminares nas três universidades monásticas: Drepung, Sera e Gandre. No ano seguinte concluiu o doutorado em filosofia budista.
Ao contrário de seus predecessores, o Dalai Lama estabeleceu contato com dirigentes e líderes religiosos de todos o mundo. Após uma fracassada rebelião nacionalista, em 1959, o Dalai Lama fugiu para o exílio, na Índia. Foi seguido por 80 mil tibetanos.
A partir de 1960, o Dalai Lama passou a residir na cidade de Dharamsala, na Índia, que se tornou a sede do Governo Tibetano no Exílio.
A cidade ficou conhecida como "pequena Lhasa".
Sua verdadeira jornada pelo planeta tem início em 1967, quando pela primeira vez ele deixa a Índia e vai para o Japão e a Tailândia. A partir deste momento ele não parou mais, segue pregando seus ensinamentos e exemplificando a tolerância, a compreensão, a resignação ativa e um profundo amor.
Militante dos direitos humanos, especialmente dos que concernem á sua terra natal. Ele é um guerreiro incansável, mas suas armas são as palavras, e seus meios são os mais pacíficos.
O prêmio que recebeu chamou a atenção do mundo inteiro para sua causa, e provocou uma situação constrangedora para o governo chinês. Atualmente o Dalai Lama já não reivindica a independência de seu país, mas sim que ele se torne uma área autônoma da China, com direito de governar-se por leis próprias, preservar sua cultura e sua escolha religiosa, o que não lhe é possível sob o jugo do governo chinês.
Incansável estudioso, abriu caminhos para a união da ciência com a espiritualidade.
Em 1987 ele discutiu durante uma semana, ao lado de cinco cientistas do Ocidente, questões que envolvem uma aproximação dos princípios budistas e os das ciências do conhecimento.
Desde então meios científicos têm aberto espaços de debates e pesquisas sobre a práxis espiritual, o que cria perspectivas de novos horizontes nas duas esferas.
O mestre incentiva a convivência entre as diferenças e a articulação de todos em benefício do avanço da humanidade. Escreveu vários livros, entre eles “A Arte da Felicidade”, “A Arte da Felicidade no Trabalho”, “Bondade, Amor e Compaixão”, “O Livro da Sabedoria” e “Minha Terra e Meu Povo”.
Seus ensinamentos abrangem desde a esfera espiritual, o meio ambiente, o campo científico, a paz, os direitos humanos, o treinamento da mente, entre outros. Ele é reconhecido e respeitado internacionalmente
Durante os vinte anos seguintes, o Dalai Lama esforçou-se para encontrar uma solução pacífica para a independência do Tibet, embora o Governo Tibetano no Exílio e o governo da China não mantivessem relações diplomáticas.
A partir de 1980, uma série de esforços diplomáticos foram realizados, no sentido de favorecer a reaproximação entre os dois governos.
Em 1987 o Dalai Lama elaborou um plano de paz de cinco pontos para a libertação do Tibet, que foi rejeitado pelo governo chinês.
O Dalai Lama tornou-se uma personalidade mundial, representando o esforço de paz entre os homens. Em 1989 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”
É bom aprender mais um pouco e saber de onde vem tanta bondade...só pode ser de outras vidas!!!
Bjo sempre, Vivi.
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