sábado, 2 de abril de 2011

Aprendendo a dar "broncas"...

Oi!

Atualmente há uma cobrança da sociedade iniciada por pedagogos, psicólogos etc, no sentido de que a bronca dos pais tem que ter um limite. Eles repudiam as famosas palmadas e alertam de que não adiantam!
Jura??

Ainda não tenho filhos e assim fica mais fácil dar opinião. Minha tarefa como educadora resume-se a minha educadíssima cadela Leona e estende-se esporadicamente àos meus sobrinhos netos, e antes aos meus sobrinhos.
Porém reportando-me a minha infância, lembro-me bem de qua levava boas palmadas quando exagerava nas estrepulias e malcriações...claro que eu não gostava e ficava às vezes magoada, mas não tenho nenhum tipo de problema por ter sido educada dessa forma.

Engraçado como o mundo mudou! E interessante que mesmo com tanta psicologia e entendimento, as crianças não sejam tão educadas quanto no passado!?

Seguem algumas dicas do que NÃO fazer ou falar para os Pais de hoje...

1. “Não te amo mais”

“A criança é muito mais frágil que o adulto. Tudo que se fala ganha uma dimensão maior”. Portanto, ouvir uma frase destas da boca dos pais pode causar estragos. Essa falta de aceitação pode ser muito forte. “A criança não consegue entender a complexidade do mundo, e alguns adultos não têm consciência disso”.

2.“Você é feio”
Xingamentos e palavras feias podem afetar a formação da autoimagem. Repetidos excessivamente, também podem ser considerados violentos. Existe uma diferença sutil, mas essencial entre “você é feio” e “o que você acabou de fazer foi muito feio”, que desloca o adjetivo negativo para a ação e não para a criança.

3. “Vou te matar”   (ESSA É CRUEL DEMAIS!!!)
“O que traz a educação é a firmeza, e não a agressividade”. Ameaças do tipo servem apenas para criar medo nas crianças, o que, não leva a lugar algum. “O medo não educa, só traumatiza”. A longo prazo, a intimidação tampouco é efetiva e esvazia o discurso dos pais, já que eles obviamente não vão cumprir o que prometeram. “Primeiro, as crianças sentem um desamor muito grande. Depois, quando descobrem que as ameaças não funcionam, não levam mais os pais a sério”.

4. “Nunca mais te trago aqui”
Como a noção temporal das crianças é diferente, as punições precisam ser imediatas.
Esse tipo de ameaça também não faz efeito por ser mentirosa. “As crianças sentem que estão sendo enganadas. E isso não faz bem para elas”. Ameaças do tipo, assim como “você nunca mais vai ver televisão” ou “nunca mais vou falar com você”, passam uma ideia ambígua para criança, o que prejudica a sua formação moral.

5. “Você puxou o seu pai” ou “Você é igualzinho a sua mãe”
Quando os pais estão separados e há algum conflito entre ambos, não é nada saudável usar este tipo de frase. As crianças entendem que elas são parecidas com a parte rejeitada – e se sentem dessa forma.

6. “Se ficar bonzinho, dou um chocolate para você”
Comportar-se bem, arrumar o quarto, guardar os brinquedos ou fazer a lição de casa são responsabilidades dos filhos, por isso eles não precisam ganhar nada em troca quando fazem isso. Quando os pais fazem estes acordos de maneira repetida, os filhos podem achar que não se tratam de deveres. “A criança precisa aprender a fazer as coisas por responsabilidade, e não porque vai ganhar algo”.

7. "Para com isso, todo mundo está olhando!”
Esta frase é mais fruto do embaraço dos pais que um tipo de bronca para os filhos. Ela também passa a mensagem da “campanha da boa imagem”, quando a criança só tem que parecer educada para os outros. “O que os pais estão falando é um problema deles. As crianças não ligam para o que os outros estão vendo”.

8. “Fica quieto!”  (quem nunca falou isso?)
No geral, as crianças tendem a atender ordens mais específicas. Quando escutam frases como esta, elas se confundem. “Ela não sabe se é para parar de falar, de pular ou de fazer o que está fazendo”. Os pais devem apontar exatamente o que eles gostariam que a criança fizesse.

9. “Limpe já seu quarto, senão você vai ficar de castigo”
“Quando um adulto coloca um ‘senão’ do lado de suas ordens, isso quer dizer que ele não acredita muito nelas”. Isso demonstra que os próprios pais já estão negociando, o que faz com que as crianças não respeitem as ordens dadas. Os “senões” só podem aparecer quando a criança questionar muito. “Firmeza é dizer que não pode, e não poder mesmo”.

Ou seja, se seu filho insiste em desobedecer, você deve estar falando o que não devia!

Na luta por colocar limites em seus filhos, pais podem notar que algumas táticas estão longe de causar o efeito necessário. Na verdade, algumas atitudes chegam a acarretar o resultado contrário. Antes de culpar as crianças, os pais devem prestar atenção se estão dando bronca direito – e “direito” não significa com cara de bravo ou com ameaças assustadoras. Muito pelo contrário.

As crianças aprendem com o que os pais fazem. Se eles batem na criança, “o filho aprende a linguagem da violência”. Afirma-se que tanto gritar quanto bater demonstram falta de controle pessoal dos pais, o que é bastante danoso para a criança. “Gritar é mostrar que a criança te afetou – e ela adora isso”.

Lendo isso, parece ser bem mais fácil...

Essa semana eu falava ao telefone com alguém que eu amo muito e do outro lado havia uma gritaria danada. A criança gritava e a avó da criança gritava mais ainda...
O negócio se arrastou e avó da criança se trancou no banheiro...a criança continuou a gritar!!
Não sei por quanto tempo essa história se arrastou, mas já que ela lê o blog, dedico esse post a essa criatura, desejando-lhe só mais um pouquinho de paciência!!!!

Bjo sempre, Vivi.

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